HISTÓRICO DO FESTIVAL DA MANDIOCA
Desde o ano de 2005 o COLÉGIO FERNANDO HENRIQUE, vem promovendo o Festival da Macaxeira, hoje, já conhecido com o nome de FESTIVAL DA MANDIOCA, visto que, ao longo dos anos, em consenso entre os membros da Família Fernando Henrique, passou a ser chamado pelo nome em apreço.
Este Festival surgiu da proposta da professora de História, Aline Pingarilho, motivada pela observação da necessidade de promover o resgate da cultura local, no a caso a Mandioca , produto muito conhecido entre nós, de valor nutritivo e econômico na região. Dela são produzidos alimentos comuns à mesa do paraense que também são a base do sustento econômico de muitas famílias, já que parte da população montealegrense pratica a agricultura como atividade econômica. Além disso, a mandioca é tema de uma das mais belas lendas amazônicas e cabe à escola contribuir para a preservação desse patrimônio cultural, pois é nossa cultura que nos identifica no cenário nacional e mundial.
Nos primeiros três anos de realização do Festival, o objetivo esteve voltado para a divulgação e promoção do valor nutritivo da mandioca. Somente a partir da quarta edição, o valor artístico/cultural começou a encontrar destaque na programação. Nesse momento são produzidas músicas inéditas e exclusivas para o festival com a participação do compositor montealegrense Rigley Jorge Correia, que até hoje permanece contribuindo para o aprimoramento da qualidade do espetáculo que tem se tornado "A ópera cabocla" do Colégio Fernando Henrique.
Assim sendo,desde sua origem, nossa Escola aproveita o último mês do ano para reunir sua família escolar e a do entorno para celebrar o Festival da Mandioca que vem crescendo a cada ano em grande proporção , mostrando que o trabalho de conscientização que fazemos no sentido de preservarmos nossa raízes, está sendo aceito e ampliado em todos os setores montealegrenses , uma prova de que é um evento muito positivo e muito nos orgulha como membros da escola saber que todos gostam e por isso o povo vem nos aplaudir.
TEMAS DA EDIÇÕES:
I FESTIVAL DA MACAXEIRA (2005) - atemático
II FESTIVAL DA MACAXEIRA (2006) - atemático
III FESTIVAL DA MACAXEIRA (2007) - atemático
Nas três primeiras edições, eram apresentadas danças folclóricas da Amazônia e a Lenda da Mandioca, na versão tradicional.
Nesses primeiros momentos, esteve à frente do evento escolar os professores ALINE PINGARILHO, MARY LINS, JOÃO PEDRO, EDITE BRAZÃO E ARENILDO SILVA.
IV FESTIVAL DA MANDIOCA (2008) -
V FESTIVAL DA MANDIOCA (2009) -
VI FESTIVAL DA MANDIOCA (2010) - Lago do Pajussara: onde estão tuas águas?
VII FESTIVAL DA MANDIOCA (2011) - Pariçó: encantos e mistérios
VIII FESTIVAL DA MANDIOCA (2012) - Tradições da Amazônia Pinta Cuia
IX FESTIVAL DA MANDIOCA (2013) - Mani - a lenda
Nas edições recentes a coordenação da Lenda da Mandioca foi composta pelos professsores:
LIRLEY ROVANIA CORREIA
KETYHENE LUCÍLIA COSTA
PAULA DOS SANTOS BRAGA
ARENILDO SILVA
AGNALDO OLIVEIRA
LENDA DA MANDIOCA
Todos os índios tem pele
morena. Uns mais, outros menos, de acordo com cada
região e com a nação a qual pertencem. Apenas Mani
nasceu diferente. Era branca como o leite e tinha os
cabelos mais amarelos que as espigas de milho maduras.
Muito antes de nascer, o cacique já havia sido avisado
de sua vinda. Em sonhos, um espírito branco havia
contado que eles ganhariam um presente sagrado de Tupã.
Quando nasceu, Mani, apesar de tão diferente, não chegou
a causar espanto, mas encanto! Todos queriam vê-la e
tocá-la, pois ela era um presente vindo de Tupã.
E por ser diferente, chamava muita atenção. Todos diziam
que ela era a mais bela índia que havia nascido na
terra. Na tribo era tratada com uma jóia, uma coisa rara
que eles deveriam preservar.
Mas tanto cuidado não evitou que Mani adoecesse como
qualquer outra criança. Não teve reza nem remédio do
pajé que desse jeito. A índia branca, para a desolação
de todos, veio a morrer.
Aos prantos, a tribo escolheu um local bem bonito para
depositar o alvo corpo de Mani. E todos os dias, aqueles
que tinham saudades, iam ao túmulo. Com o tempo, veio a
Primavera. As flores e plantas novas começaram a brotar.
Um dia alguém notou que onde Mani foi enterrada nasceu
uma planta que ninguém conhecia. Ela era tão estranha
quanto Mani quando nasceu.
Todos ficaram felizes e todas as manhãs regavam o
pequeno vegetal que crescia cada vez mais.
Um dos índios cavou ao lado da planta e encontrou a raiz
que mais parecia um caroço, um nódulo, uma batata.
Partindo o pedaço da raiz viram que dentro era tão
branco quanto a pequena Mani. Era como se a criança
tivesse voltado naquele estranho vegetal de raiz
esquisita. Por isso, deram-lhe o nome de "Mani oca", ou
"carne de Mani". Depois a palavra acabou virando
Mandioca como a conhecemos atualmente.